o outro lado de (uma) "amizade".

"Não se agradece o que se faz do coração", acabaram de me dizer. E lembrei-me logo de ti, de como estamos. Não quero que me agradeças nada do que faço por ti, sabes bem. Não quero que te sintas obrigada a dizer-mo, ou dizer seja o que for que me aqueça o coração, só porque eu gosto de aquecer o teu. 
Mas sabes? Eu aprendi que nos devemos agarrar ao que nos mantém quentes por dentro. E isso faz-me pensar que estou a falhar, se me sinto a perder-te. (Não era a amizade um amor que nunca morria??!?)
Ou então.. Então, foi porque nunca te tive.. Porque todos aqueles com quem ris, saltas, danças, corres, e sorris sempre, fazem o teu coração quente como eu quero que seja. Mas diz-me, depois disso, depois de tudo isso, quando as tuas lágrimas caem, quando o teu peito começar a sentir um vazio e a tua alma te doer, quem vai lá estar? Quem te vai ouvir? Ou até mesmo quem é que se vai afastar de ti, só porque acha que é o melhor, que se calhar estás melhor assim, mesmo sabendo que não vai ser o mesmo sem ti?
São essas pessoas que tens de guardar dentro do peito, para que nunca se esfrie o teu coração. E se eu não for umas dessas pessoas, não faz mal...
Um dia hei-de conseguir desistir. Amigos há muitos e eu hei-de encontrar os verdadeiros, os meus. Afinal, às vezes desistir é o mesmo que vencer sem travar batalhas, não é?
Mas por enquanto, continuo aqui, sempre, a cuidar de ti. E se tentares ouvir bem, vais ouvir-me dizer: "ESTOU AQUI... EU ESTOU AQUI...!!"

de faca no peito.

Perdi a vontade de escrever. É verdade. Desinteressei-me pela única coisa que me fazia fugir do mundo. Deixei de passar o que sinto para o papel e voltei a guardá-lo dentro de mim. Deixei de chorar em forma de tinta e as lágrimas voltaram a cair do meu rosto.
Fi-lo porque deixei de querer fugir do mundo, só no papel. Porque as lágrimas de tinta já não chegam.
fi-lo, principalmente, porque me sinto traída pela vida e quando nos sentimos assim, de faca no peito, só nos queremos afastar do que nos magoa.
Não falo, não escrevo e tento não chorar. Mas isso não quer dizer que não sofra (muito).
Acho que perdi a magia da escrita porque deixei de acreditar na doçura dos sentimentos, na felicidade que o destino nos trará um dia. Quiçá.
Então, vivo por viver, por fora. Porque por dentro há uma faca no peito que me está a matar.


(postei de novo, porque faz todo o sentido..)

whatever tomorrow brings.

"Não sei o que amanhã trará. Não sei onde vou acabar o dia, não sei como vou acabar o dia ou se vou acabar o dia. Nem sei sequer se tenho forças para começá-lo. Estou a perder tudo. Tudo o que tinha, todas as forças, todos os sorrisos, todas as armas que consegui reunir para lutar. Elas já não servem de nada. Parece que ficaram sem efeito. Ou que a vida é tão traiçoeira que lhes roubou o poder, só para me continuar a pôr à prova. Não sei durante mais quanto tempo vou conseguir estar aqui, firme, meu caro confidente, que reflecte a minha imagem. Gostava que me mostrasses uma imagem do que não sou, outra vez, nem que só mais uma vez. Nem que só para me lembrar que tenho força. Ou que tinha, já não sei bem. Mas não podes. Em vez disso, tens sido o espelho de uma criança que chora desesperadamente, como se lhe estivessem a roubar a vida. Sabes que é isso que sinto? Que me estão a roubar a vida. Lenta, lentamente. Só para doa mais. Mas porquê? Diz-me, porque? Porque eu não sei. Dói tanto que só sei que nada sei.
E olha, faz-me um favor. Diz àquela menina que me tem feito vencer as lágrimas e encontrar os sorrisos, que traga o que o amanhã trouxer, ela nunca se esqueça da maravilhosa pessoa que tem dentro de si. E que é muito importante para mim. Porque os amigos são a família que escolhemos. Ela é como se fosse minha família. E só por isso, já merece o mundo.
Da tua fiel amiga, Teresinha."


quem gosta, cuida.

Estou a chorar. Estou a chorar outra vez. Achas normal? Eu sou forte. Eu sei que sou forte. Tenho conseguido fazer com que a minha máscara seja tão real que às vezes até parece fácil. Porque é fácil. É fácil fingir que sorrimos quando na verdade choramos por dentro.
Mas depois, há momentos em que a máscara cai. O vazio é tão grande, que aquilo que sentimos, supera aquilo que queremos sentir. E choramos. Porque quando estamos tristes choramos, não há mal nenhum nisso..
Por isso, aqui choro eu, outra vez. Não gosto de chorar, não gosto de sofrer, não gosto de sentimentos que sufocam, que nos fazem suspirar, que nos tiram as palavras. Mas acredito em ti.
Acredito no que disseste de "chorar limpa a alma.. ela precisa". Talvez assim, a limpe de tal maneira que me ajude a ganhar forças para continuar. Porque eu nunca vou desistir do meu sorriso.
E sabes? Tenho de te agradecer muito a ti. Tenho de te agradecer porque tens sido tu a segurar o meu barco, e a não me negares um abraço. Por me fazeres chorar com as tuas palavras sábias e doces, e me fazeres sorrir a cada momento que passo contigo. Dizem que a amizade é um amor que nunca morre. Eu acredito nisso, por tua causa, miúda.
Acredito porque para mim, és mais que isso. És a minha mobília. A minha segurança. E não importa durante quanto tempo isto vai ser assim, acho que já me conheces suficientemente para teres percebido que as pessoas importantes que passam por mim, eu não esqueço, e a ti já te disse que não vou esquecer. 
Porque para ti não tenho horas. Saio de casa a correr para te ver e só volto quando tem de ser. Gosto de cuidar de ti, e tu sabes tão bem tomar conta de mim..
Por isso, doa o que doer, para ti os sorrisos vão sempre nascer. E eu.. só não sei como agradecer.
Obrigada.